quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

com amor



por Marianne Wiliamson

''December 30, 2010

One more year is almost past. The year ahead lies before us like a newborn child, fresh with possibilities, its history not yet written. And as with a child we must be very careful, for its future will reflect either our wisdom or our lack thereof.

Spiritually, every moment is a new beginning. We enter into it with either an open heart or an unloving attitude, voting with our consciousness from a slate of infinite possibilities. Standing on the brink of a new year, let's feel the joy but also the sacred solemnity of our extraordinary power to design the future.

New Year's prayers carry more miraculous power than do New Year's resolutions. Forgiving ourselves and others for the casual unkindness of an unconscious moment; for time wasted in self-pity that could have been used to create something true and beautiful; for lack of gratitude for blessings and privileges.

Dedicating ourselves to the purification of our hearts... seeking to stop the chronic indulgence of our weaknesses, and the power to embody our God-given strengths.


Lists can be helpful:
I ask forgiveness for....
I grant forgiveness for....
For I would carry none of that burden on my heart into the new year...
And another one:
I pray that this or that aspect of my personality be healed, transmuted, miraculously dissolved as I enter the new year...
I pray to embody the perfection of my divine potential, as a blessing on myself and others...

This is the moment of the year when we inhabit inwardly both sunset and sunrise. God created them both, but we ourselves decide how to paint them. Next year will bring whatever next year brings, but what we bring TO it will make all the difference. And the greatest thing we can bring to it is our love.''

Fiquem Bem.

sábado, 25 de dezembro de 2010

é natal

em mim.

Depois de um mês atribulado e denso, que me trouxe sentimentos e emoções extremas que não conhecia em mim, depois de os sentir, da impotência de não os conseguir afugentar, nem ocultar cá dentro, cá fora muito a custo (há sempre aquela tentativa de auto-negação, do humana e socialmente correcto, 'não, eu não sinto isso' ) , depois de os atravessar, assustada senti-los intensos e avassaladores, depois de os liberar, chorar e libertar todos aqueles arcaicos resquícios em mim, eis que chega por fim o natal.

O primeiro natal sem os filhos à beira (porque eles vivem dentro de mim), o natal mais parco de gente (ao longo dos anos vai diminuindo.. )  mas não o mais pequeno.

Um natal sem enfeites, nem decorações, sem muitos dos tradicionais doces (as rabanadas que fiz, resistiram) , sem troca efusiva de prendinhas (ó mãe, -dizia Artur pelo telefone- vamos estar com a avó na passagem, não vamos? abrimos nessa altura, concordas Nuno? mmm, está bem...mas vou ficar curioso..) , sem atropelos nem confusões, sem angústia, nem lágrimas, nem mágoas.

Um natal aceite.

Um natal simples, partilhado à mesa tradicional, à volta de bacalhau e batatas e grelos, e descomprometidos e agradáveis dedos de conversa.

Um natal a duas, mãe e filha em comunhão, com um passado de turras e sentimentos atribulados que se vão diluindo, burilando e transformando ao longo dos anos e dos esforços do nosso crescimento.

Lembranças de chocolate trocadas, mimos de amor consentidos.


Um natal sentido, partilhado, agradecido. Nunca sabemos quando pode ser o nosso último natal ou momento por aqui. 

Um natal, tranquilo, em paz, sobretudo connosco e depois com os outros (há palavras e gestos de carinho que guardarei para sempre).

Um natal feliz, desejado e oferecido aos outros e devolvido para mim.


 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal é AMOR

QUEM AMA,
não violenta, não fere, não magoa, não ignora, não marginaliza, não usa o outro, não manipula, não ofende, não desdenha, não usurpa, não ridiculariza, ..., não tem medo.

AMA de corpo e alma, de coração.


Porque Amor, é diferente de tudo isto.
E se (tudo) isto está lá, não é nem nunca será Amor. Nem sequer é Amor ao próprio. (Porque confunde, baralha tudo.)  E esse vem primeiro antes de qualquer outro, acima de qualquer outro.

Quando não se encontra Amor cá dentro, no fundo da nossa alma, no aconchego do coração, não há maneira de (se) dar aos outros. E o que se (pensa que) dá, fica tão aquém daquilo que cada um tem, mas tão aquém, que às vezes mete dó.
E dá vontade de fazer uma oração em silêncio, por todos os momentos em que não Amamos.  Em que não sabemos como. Por todas as pessoas que pensamos que amamos, mas que não Amamos..

O Natal representa o renascimento, acima de tudo da esperança, da humanidade em cada um de nós, do amor. Por nós e pelos outros. Essa chama, essa centelha divina que nos supporta e guia.

Deixo ficar um pequenino texto :



"Se ao menos uma vez no ano nos lembrássemos do Natal... do espírito do Natal!
De quando em quando, a humanidade atravessa longos períodos de trevas, momentos mais ou menos longos de escuridão, em que os nossos medos, as nossas angústias existenciais vêm à tona e arrastam para o fundo das águas turvas os restos da nossa esperança.
São os ciclos mais ou menos violentos da história da humanidade...
Mas existe humanidade em cada ser humano!
O Inverno em cada ano prepara-nos para este inevitável movimento cíclico em que cada um de nós... depois da euforia inebriante da Primavera, do calor sensual do Verão que nos adormece e excita, experimenta um Outono triste, mas ambíguo, que atordoa.
E é então, no choque da entrada do Inverno, que nós enlouquecemos.
Os dias começam a minguar e no momento mais triste do ano, em pleno solstício de Inverno, quando o dia anterior não pôde ser mais curto, que nasce um novo dia, com apenas mais um “salto de pardal”, mas que traz em si a nova esperança, esse um pouco mais de luz que nós, cristãos sem fé, não lembramos já ter sido o nascimento de Jesus.
O Natal não faz sentido se não conseguirmos partilhar esta pequena chama e transportá-la nos nossos corações, em cada dia, mas sobretudo no dia de Natal... carregada de significado...
Este Jesus menino, é o símbolo da esperança, a pequena vela que ilumina na mais longa escuridão." Eduardo Leal .



E um sopro de Luz e Amor nos vossos corações.
Feliz Natal.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010



A Todos, que em algum momento deste ano cruzaram e tocaram a minha vida, Obrigada.



 
 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

''Open your heart fearlessly to the unknown and look with the eyes of a child into the eyes of God in each person who stands before you. It is all so simple!''




''You are not losing IT … you are getting IT! But to get IT you will have to loose IT''

terça-feira, 7 de dezembro de 2010



(Obrigada Cris)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ajuda

AJUDA (deixada hoje no meu mail )



Eu sei que gostas de ajudar. Sei que te esforças, queres passar às pessoas tudo o que sabes,tudo o que aprendeste comigo. E pensas que é legítimo. Eu compreendo. Fazes o que sabes e achas que está certo. Não te pões em causa. Não consideras, por um só momento, que essa tua desmesurada dádiva pode ser ego. Não pensas nisso. Eu compreendo.


Mas se até aqui era de alguma forma aceitável que fizesses isso, depois de leres esta mensagem vais compreender que não é. E a lógica é simples. Presta atenção: Quando vais ajudar alguém, como é que fazes? Tens pena da pessoa, achas que ela está a passar um mau bocado, então engendras uma estratégia para a retirar daquele estado. Nada mais legítimo, pensas tu.


Eu compreendo que penses desta maneira. Mas não é. Percebe que a estratégia que definiste para ajudar essa pessoa tem a tua lógica. Tem a tua energia. Só a tua energia. Não tem a energia da pessoa. Ou melhor. A pessoa não tem a energia da estratégia que desenvolveste para ela. Por isso, é pouco provável que ela consiga pô-la em prática. E mesmo que o faça, é pouco provável que dê certo. Porquê?


Porque sempre que uma pessoa faz algo que não tem a sua energia, quando começam a vir as consequências, quando é preciso tomar decisões quotidianas em relação a essa estratégia, a pessoa pura e simplesmente não domina aquela lógica. Não vai saber, por isso, tomar decisões referentes à estratégia e consequentemente as coisas não vão dar certo.


E porque é que eu digo que é ego ajudar desta maneira? Porque só o ego quer impingir a sua lógica ao outro. A alma não impinge nada. E a alma também pode ajudar. A alma, essa, olha para a pessoa que está à sua frente. A alma sente profundamente essa pessoa. A alma consegue descobrir onde é que está a alma dessa pessoa. E consegue «puxá-la» lá de dentro. E consegue fazer com que ela se liberte do medo, e livre do medo já pode fazer escolhas com a sua própria lógica.

Isto é que é ajuda. Não é decidires, opinares, resolveres pelos outros. A verdadeira ajuda é conseguires, através da compaixão, limpeza e amor, fazer brilhar a alma do outro. E como eu digo muitas vezes, a melhor coisa que se pode fazer a uma pessoa que está mal, além de limpar, é dizer: «Eu sei que tu vais conseguir.» E no dia seguinte, telefonar, talvez para limpar outra vez, e dizer essa frase vezes sem conta até a alma dela se manifestar. Até ela própria conseguir. Isto é que é ajudar.

in, O livro da Luz, Alexandra Solnado
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 A nossa tendência natural é dar respostas, soluções prontas à luz das nossas escolhas, vivências, conhecimentos, espectativas, desejos, etc.  Como se dessemos pistas aos outros de como resolverem as suas situações, problemas, questões. Como se nos aliviássemos e nos ajudássemos (genuinamente) também nesse ajudar e querer 'salvar o mundo'. Porque somos assim, grandes nesse impulso amoroso de inter-ajuda. Mas esquecemo-nos que não somos os outros, não estamos na sua pele, na sua alma, que aquilo que seria fácil, próprio, correcto ou melhor para nós, pode não o ser naquele momento ou nunca para o outro. E outras respostas são válidas, porque foram as encontradas e possíveis para e pelo outro naquele específico momento.
E a maior questão e dificuldade que aprendi ( de difícil, atenta aplicação e sucesso ) nas aulas de Aconselhamento Psicológico era precisamente aí, o busílis da questão era conduzir um diálogo consciente no sentido de levar o outro a encontrar por si as respostas, a ter os insights que o levariam à Luz, à sua luz, aquilo que ele encontrava, entendia, aceitava e podia fazer.

Porque nós temos as respostas em nós. Por vezes boicotamo-nos inconscientemente, paralisamos, cedemos, mumificamos a forma e o pensamento, a acção e o sentimento .
Umas vezes conseguimos sozinhos 'dar a volta' e reverter a nosso favor e da nossa alma as situações.
Outras vezes precisamos de ajuda. De um 'empurrãozinho' para cá dentro chegarmos.