Mostrar mensagens com a etiqueta animação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta animação. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 27 de abril de 2017

sexta-feira, 10 de junho de 2016

terça-feira, 4 de março de 2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

domingo, 24 de março de 2013

momento socrático

«Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão. Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?' Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação! Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais... A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro,você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse. Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald... Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:... "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser Feliz"!!» Frei Beto

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

sand mandala


Chenrezig Sand Mandala from Dropbear on Vimeo.

'This sand mandala was made in Melbourne, Australia in 2004. The mandala was produced over 10 days and condensed into 3 minutes in this timelapse. Two Tibetan monks, Ven. Kunchok Rinzin & Ven. Lobsang Tendhar were the creators of this amazing piece of art.

The mandala is a visualisation tool, a symbol of a perfect world in which we are all perfect beings practicing pure loving kindness and compassion. Visualising
ourselves in the centre of the mandala creates the conditions for us to behave towards
others with kindness and compassion, a powerful tool for growth and transformation.

(...)

The monks also create the mandala and then deliberately destroy it.

This is to help us understand that all things are impermanent and exist only in relation to and in dependence on other things. Therefore feelings of pain, joy and happiness pass then return.

Nothing is permanent in life there is constant change.'

quinta-feira, 15 de março de 2012

going green



'Concept : This short animated film is a message to achieve a greener planet by stopping pollution. For this purpose we have used Ganesh Chaturdhi, a festival widely celebrated in India, to show the pollution done by the devotees.
During this festival, the devotees immerse Idols of Lord Ganesha in fresh water so that they would be blessed with wealth and prosperity.
Devotees, instead of buying idols made of clay and biodegradable colours, buy idols made of harmful materials like Plaster of Paris, chemical paints etc.
Such idols made of harmful materials are not biodegradable and damage our fresh water resources. '

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

The wisdom of surrender

''We all know the feeling of being repeatedly haunted by the same issue, no matter how we try to ignore it, avoid it, or run away from it.
Sometimes it seems that we can get rid of something we don’t want by simply pushing it away.
Most of the time, the more we push away, the more we get pushed back.


There are laws of physics and metaphysics that explain this phenomenon, which is often summed up in this pithy phrase:
 That which you resist persists.

Resistance tends to strengthen the energies it attempts to oppose by giving them power and energy to work against.



Additionally, resistance keeps us from learning more about what we resist.


In order to fully understand something, we must open to it enough to receive its energy; otherwise, we remain ignorant of its lessons.


There is a Tibetan story of a monk who retreats to meditate in a cave only to be plagued by demons. He tries everything—chasing, fighting, hiding—to get the demons out of his cave, but the thing that finally works is surrender.
He simply lets them have their way with him and only then do they disappear.

Now, this wisdom must be applied practically.

We are not meant to get ourselves physically injured.

Instead, this story speaks of how, in essence, our demons are inside of us. What plagues and pursues us on an inner level has a way of manifesting itself in our environment in the form of people, events, and issues that appear to be beyond our control.


But all these external expressions are reflections of our insides, and it is inside ourselves that we can safely experiment with surrendering to what we fear and dislike.


It may feel scary, and we may find ourselves in the company of a lot of resistance as we begin the process of opening to what we fear.


But the more we learn to surrender, and the more the demons that plague us disappear in the process, the more courageous we will become.'' (Daily Om, Scott Blum) 


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Desculpe, sim? : pausa para umas necessidades..




 
Esta semana, andou este tema a rondar-me o corpo, a mente e o espírito.


E nós sabemos, que quanto mais se enxota uma mosca, mais ela insistente nos ‘atazana’ e incomoda, e se a deixarmos zumbir um pouco em volta, ela acaba por ir dar uma volta e ir sobrevoar outro. Bem, também sabemos que por vezes isso não resulta..


Desde que me conheço como gente, que sou uma pessoa simples. Vestir, calçar, falar, viver, ser. Por vezes até demais. A proximidade e gosto pela terra, pela natureza, pelo ar livre, pela simplicidade das coisas e seres vivos, fazia-me ser simplesmente simples e prática.




Passei uma fase da minha vida em que precisei de me ‘afirmar’, ou de tomar as rédeas da minha vida e dar-lhe novo sentido, e sem querer entrei numa espécie de (nova) crise de identidade. Não quero dizer que deixasse de me conhecer, pelo contrário, mas comecei a alargar e ‘complicar’ esse conhecimento que tinha de mim mesma. Isto é, a precisar de encontrar novas formas de me ver e de ser vista. E a procurar uma dimensão diferente e mais feminina de mim mesma.


E tudo aquilo que eu repudiava ou afastava da minha vida, por achar desnecessário, supérfluo, atrofiante, manipulador, ridículo, etc, dei comigo a procurar, ou a seguir, ainda que de forma muito moderada e simples (de novo!), a minha forma, claro.


E para meu espanto, que fugia a sete - mil - pés dos centros comerciais, dei comigo a entrar em lojas onde nunca na vida tinha sequer entrado, e a comprar coisas - sim, coisas! – algumas banidas do meu quotidiano há muito tempo. Falo por exemplo de calçado de tacão alto. Tenho um 1,74cm de altura, sou uma ‘piquena’ mui grande, ;) e a minha necessidade de passar despercebida (não conseguida, diga-se) e a minha simplicidade constante, faziam com que eu comprasse sempre calçado prático, leve, confortável acima de tudo. E claro, raso!.


E de repente dou comigo a ceder e a caminhar  uns centímetros acima do solo. (não, não é todos os dias, que eu não aguento!!)


Valha-me Deus! Onde me estou eu a meter ? (e Tu a ver..)


Bom, isto para dizer, que atrás de uns tacões altos (e isto porque passar despercebida, deixou de me fazer mossa) , veio alguma maquilhagem extra e práticas - ditas e pretendidas – femininas, (ainda que esporádicas) como por exemplo, eyeliner, ou unhas dos pés pintadas (!)*. Estava espantada comigo mesma. Mas quem és tu afinal ??!!


Não pensem os leitores que eu era uma ‘minhota de farto buço’ ou uma moçoila ‘dardeia’ (leia-se ‘da aldeia’) sem polimento ou cuidado, mas isto das unhas ou tacões, ou (…) era digamos mais do que ‘necessidades básicas’, ou mais do que era e sempre fora necessário e preciso para mim.


Felizmente que escapei ao ‘síndroma do divorciado’ – se é que é assim que se chama - segundo me disseram, no qual se ‘salta ou procura’ parceiro sexual como forma de substituição e afirmação perante o parceiro perdido. Portanto, não foi por uma questão de ‘caça’ que me propus a estas mudanças e alterações. Mas sim, muitas vezes nesse período de transição, de ‘luto’ e ‘jejum’, uma bonita e sexy lingerie - que só eu via – e todo o meu ’embrulho’, mais elaborado, era tudo o que tinha e queria para me fazer sentir, bem, bonita, desejável e Viva.


Esta lenga-lenga toda para dizer afinal, que as necessidades básicas, são frequentemente escondidas, afastadas, secundarizadas e negligenciadas por nós, sobretudo (algumas) se estamos ou nos consideramos em ‘caminhos espirituais’.


E se é comum aceite que casa, comida, cuidados de saúde, conforto, protecção, afecto, trabalho, (…) (relacionados com o 1º e 2º chakras, de raiz e sexual) são comummente considerados como básicos e indispensáveis na nossa vida, facilmente nos esquecemos e relevamos para segundos e terceiros planos outras necessidades básicas e indispensáveis na nossa vida também.


Coisas tão simples e banais, tão ‘ordinárias’ no sentido de comuns, como espirrar, tossir, bocejar, espreguiçar, coçar, dar um traque ou peido (ehehe, estas 2 palavras nem aparecem no dicionário do Word 7 ..), chorar, rir, arrotar, etc. Que se repararmos estamos (muitos de nós e muitas vezes) a reprimir repetidamente na nossa vida, seja porque consideramos cultural e socialmente inaceitável, seja por qualquer outro motivo ou bloqueio pessoal. Ainda que possamos ser discretos (como convirá, sim, falo sobretudo dos inomináveis acima) em alguns deles, reprimi-los na sua totalidade e dimensão, prejudica-nos, limita-nos, atrofia-nos, condiciona-nos, não permite a livre e necessária fluidez de energia no nosso corpo, na nossa vida. E acaba por nos causar transtornos também físicos mais tarde..


Viver o Dao ou seguir o Tao, o Caminho da espontaneidade natural..


‘Escuta o teu corpo’ diz Lise Bourbeau e o que ele te pede. Nunca li esse livro, aparentemente estava esgotado quando o procurei nas livrarias do Porto. Mas apenas este título já me diz muito. Porque queiramos ou não ** temos um corpo, o nosso templo sagrado que devemos honrar e cuidar com esmero e ‘devoção’ (atenção que não falo de extremos ou exageros, tudo na sua certa medida, e cada um saberá qual é a sua..mesmo que precise em alguma altura de a exceder..)


Quem anda ‘nestas lides’ metafísicas, frequentemente delega para segundo plano, (digo último! ) ou faz por ignorar completamente, esta coisa ‘do apelo do corpo’.


E agora falo sobretudo da nossa - humana- componente sexual. Viemos apetrechados com apêndices, interiores (yin, femininos) e exteriores (yang, masculinos) que também nos dão que fazer nesta vida. Ó, ó..
As nossas necessidades básicas, passam também por aí, e por muito que queiramos ‘andar nas nuvens ou no céu’ , ignorá-las, só nos fará mal. Cada um saberá em consciência, como lidar com elas. E não há conventos, reclusões, ou abstinências e sublimações que nos valham - ‘’Om valha-me Deus’’** como dizia alguém – porque não somos menos espirituais por as termos. Se assim fosse, tínhamos nascido eunucos. Não são o nosso objectivo de vida ou prioridade, mas se aparecem, é deixa-las vir..

E agora desculpem sim?
Tenho que ir ali comer um pãozinho de maçã acabado de fazer.






*(felizmente esta coisa não alastrou ao cabelo, e continuo com as minhas ‘madeixas brancas’ naturais de estimação que me dão imenso gozo, e a ir 2 a 3 vezes ao cabeleireiro .((por ano!))


**há uma cena divina (mas não são todas?!!) no ‘’Panda do kung fu’’ em que o Shifu tenta meditar e repete continuamente “paz interior…paz interior…” sem conseguir a tal paz interior que tanto quer…