domingo, 30 de setembro de 2012

os melhores conselhos do mundo





''Pense em uma pessoa que você gostaria que mudasse.
Pode ser alguém que faça algo que lhe irrita muito, ou que você deseja que seja compreensiva.
Deve ser alguém que provoque sentimentos negativos em você (tristeza, raiva, rejeição, decepção e etc...).
Julgue e descreva tudo que essa pessoa faz e que comportamentos ela deveria ter para que você ficasse mais feliz com. Descreva também como você sente por conta dos atos dessa pessoa.

Exemplo: "Fico ressentido com meu pai. Ele não me compreende nem me aceita do jeito que eu sou. Toda vez que eu dou uma opinião que seja contrária a dele, ele não aceita e se irrita querendo que eu mude minha opinião. Ele deveria ser mais compreensivo comigo. Ele deveria aceitar minha forma de pensar e não querer que eu mude. Ele deveria me amar incondicionalmente e não só quando concordo com ele".

Agora, inverta as frases pra você, da seguinte forma: "Meu pai fica ressentido comigo. Eu não compreendo e nem aceito o meu pai do jeito que ele é. Todas as vezes que ele dá uma opinião que seja contrária à minha, eu não aceito e me irrito querendo que ele mude de opinião (sim, quando eu quero que ele aceite minha opinião e ele não aceita, estou também não estou aceitando a opinião dele). Eu deveria ser mais compreensivo com o meu pai. Eu deveria aceitar a forma como ele pensa e não querer que ele mude. Eu deveria amar meu pai incondicionalmente e não só quando ele concorda comigo".

Todos os conselhos que a pessoa queria que o pai seguisse, servem exatamente para ela mesma.


O remédio que receitamos com tanta facilidade para os outros é o remédio que estamos precisando.

Normalmente, queremos que os outros mudem para que nós sejamos felizes, e esse é um caminho certo para o sofrimento.

Será que conseguimos seguir aquilo que pregamos que os outros façam? Muitas vezes não conseguimos, mas achamos que os outros deveriam conseguir. Essas inversões tornam isso muito claro.

"Fulano é muito arrogante, prepotente e julgador. Ele não deveria ser assim, deveria ser mais humilde e parar de julgar os outros". Agora inverta. "Eu sou muito arrogante, prepotente e julgador. Eu não deveria ser assim. Eu deveria ser mais humilde e parar de julgar os outros". Será que soa verdadeiro também?

(...)

Somos uma fonte inesgotável de sabedoria.


Os melhores conselhos que podemos seguir são aqueles que damos para os outros quando os estamos julgando. Basta inverter.

Sempre que precisamos que o outro mude, é porque nós precisamos mudar.

Quando assimilamos isso de uma forma mais profunda, dependemos menos dos outros para sentir paz interior.

No livro "Ame a Realidade", de Byron Katie, ela ensina um processo onde vamos julgar quem nos incomoda, depois fazemos quatro perguntas em cima dos nossos julgamentos, e por último, vamos realizar diversas inversões com o julgamento que fizemos.


É incrível como vamos encontrar em nós mesmos, os defeitos que estamos vendo nos outros!
É um processo que chamado de "The Work" (...) Tem um feito profundo e libertador.

(...)

Existe um outro tipo de inversão: "Minha esposa não me valoriza e não me reconhece".


Podemos inverter para: "Eu não me valorizo e não me reconheço". Será que soa verdadeiro?

Se você realmente se valorizasse e se reconhecesse se sentiria tão incomodado com o pensamento "minha esposa não me valoriza e não me reconhece"? Será que você sentiria uma necessidade emocional de ser valorizado e reconhecido por ela? Certamente, que não.

Essa necessidade vem da nossa carência interior e gera insatisfação e conflito no relacionamento, pois queremos que o outro mude para que possamos ser felizes.

Buscamos o nosso valor a partir do valor que os outros nos dão, e ficamos emocionalmente dependentes, como crianças.


A função de se valorizar deveria ser exclusivamente nossa.

Mas é como se delegássemos a outras pessoas. E é claro que, de vez em quando, alguém não irá nos valorizar.

E, como não estamos assumindo o nosso papel, de valorizarmos a nós mesmos incondicionalmente, sofremos.

Uma criança não tem capacidade para compreender isso, mas já somos adultos e podemos entender e começar a mudar, assumindo essa responsabilidade.

Quanto mais baixa a nossa autoestima, menos sentimos o nosso próprio valor e ficamos mais dependentes das avaliações de outras pessoas.


Uma pessoa que tenha uma autoestima mais elevada lida melhor com julgamentos e críticas pois ela está cumprindo emocionalmente o papel que é só dela: valorizar a si mesma.''

André Lima



 
 
 

 
 

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