-Pode-se ser quem não se é?- pergunta Sérgio Godinho, num blog amigo
-Pode- respondo eu- mas não deve, e mas deve. Ahh!!?? Tu baralhas-me..
Passo a explicar-me.
Pode... mas não deve.
É comum, é um lugar comum vermos pessoas a tentar parecer e ser aquilo que não são. A tentar imitar gestos, comportamentos, gostos, idéias, (...) de outras pessoas que admiram, que idolatram, que invejam.
É comum vermos pessoas a tentarem camuflar-se ou misturar-se com uma classe social ‘acima’ da sua, tentando alterar, melhorar, a aparência da sua realidade, seguindo normas e padrões atribuídos a outros que não os seus pares, em busca de outra aceitação social, dos privilégios inerentes a um determinado status. Status, aparência, superfície, casca, invólucro, capa,...
É comum e é aceitável que se queira melhorar de condição de vida.
Mas se essa melhoria, ascensão, implica perder toda a identidade, toda a idiossincrasia e pecularidade, então soa a falso e mais cedo ou mais tarde desmorona. O gosto também se aprende, também se cultiva, mas terá de estar intimamente ligado a uma estrutura, a uma identidade em transformação, em florescimento, não em negação ou anulação.
Anular quem se é no íntimo, para tentar parecer/ser outra pessoa, ignorar a dinâmica das suas energias para se aproximar e ser igual a A, B ou C com uma dinâmica energética e genética diferente, não é saudável.
‘Cada um é como cada qual’. E é esta variedade, especial de seres, de viveres, de sentires, que torna tão rico e desafiante este mundo. ☺
Pode... mas deve.
Para melhor explicar o que quero dizer com isto, vou dar dois exemplos pessoais.
1.
Sou uma rapariga alta, digamos que acima da média, o que faz com que sobressaia acima de qualquer grupo, apesar das minhas vãs tentativas de não aparecer..sapatos rasos, e encolher-me de nada ajudava...mas o facto é que a minha postura cada vez se aproximava dessa figura que dá pelo nome de ‘corcunda de notre-dame’, seria mais uma corcunda de dame . Ora , pensava eu, já o meu pai era assim...mas não tinha que ser assim!
Pode... mas deve.
Para melhor explicar o que quero dizer com isto, vou dar dois exemplos pessoais.
1.
Sou uma rapariga alta, digamos que acima da média, o que faz com que sobressaia acima de qualquer grupo, apesar das minhas vãs tentativas de não aparecer..sapatos rasos, e encolher-me de nada ajudava...mas o facto é que a minha postura cada vez se aproximava dessa figura que dá pelo nome de ‘corcunda de notre-dame’, seria mais uma corcunda de dame . Ora , pensava eu, já o meu pai era assim...mas não tinha que ser assim!
Uma das mais valias para a minha vida que o fazer teatro me trouxe, foi precisamente a minha postura erecta. O estar em palco e contracenar (muitas vezes em pé, lado a lado) com uma actriz ‘meia-leca’☺, a minha amiga Graça, de apenas 1.50m , fazia com que naturalmente me inclinasse para contracenar com ela, bolas, mas então estava tudo contra?
O teatro permitiu-me perceber a importância (...) da minha postura, e de corrigi-la, de ganhar auto-estima, de me sentir confiante e segura e mostra-lo para um público sempre variado e indefinido, imprevisto, crítico, e muitas vezes difícil de satisfazer.
Assim de marreca nas costas passei a (quase) ‘tábua de engomar’ ☺.
A mudança exterior, acompanhou a mudança interior, porque eu assim quis, senti essa necessidade.
2.
Acontecia entrar em algum sítio, e alguém me dizer: -estás chateada? Não , não estava...
-sorria!, dizia-me o meu ‘médico de estimação’- que tem?, nada, dizia, estou bem...
Comecei a perceber que a minha imagem era dura, que estando sem falar, sem sorrir ou rir, tinha uma expressão dura, (tal como a minha mãe!... outra herança?, não , não quero!) rígida, forte e negativa...que não correspondia ao meu estado de espírito (ou pelo menos sempre!), que não correspondia à minha maneira alegre e descontraída de ser. Pelo menos quando não estava triste ou deprimida ☺. E olhem que sei do que falo...
A mudança exterior, acompanhou a mudança interior, porque eu assim quis, senti essa necessidade.
2.
Acontecia entrar em algum sítio, e alguém me dizer: -estás chateada? Não , não estava...
-sorria!, dizia-me o meu ‘médico de estimação’- que tem?, nada, dizia, estou bem...
Comecei a perceber que a minha imagem era dura, que estando sem falar, sem sorrir ou rir, tinha uma expressão dura, (tal como a minha mãe!... outra herança?, não , não quero!) rígida, forte e negativa...que não correspondia ao meu estado de espírito (ou pelo menos sempre!), que não correspondia à minha maneira alegre e descontraída de ser. Pelo menos quando não estava triste ou deprimida ☺. E olhem que sei do que falo...
Quando confronto a minha mãe, ela encolhe os ombros e diz: que queres? Uma pessoa não se faz... nasci triste e morro triste... é assim.
Não não é, para mim não, não obrigada.
Dizem que temos 3 imagens. Como os outros nos vêem, como nos vemos, e como de facto somos. E estas três são muito divergentes por vezes, sobretudo entre as duas primeiras.
Durante muito tempo, eu limitava-me a tentar mudar quando era ‘avisada’, falando, sorrindo, etc...agora, porque também faz parte de um outro trabalho interior, no qual eu me ‘esforço’, trabalho para estar bem, e vestir um sorriso pela manhã até adormecer, faz parte do meu dia-a-dia.
Agora uso esta cara ‘aparvalhada’ e ando de sorriso nas ‘bentas’ a toda a hora... mas é um ‘trabalho’ consciente, estou continuamente atenta a mim própria, aos meus progressos e retrocessos, às minhas conquistas pessoais interiores.
A velha história do ‘eu nasci assim, eu vivi assim , eu morrerei assim... gabrieeeela’ ☺... desculpem-me os obstinados e obtusos, os pessimistas e resignados, os... não senhores, não me convence.
Entenderam o que quis dizer?hope so...
Mas isto sou eu, senhores, apenas dou o meu contributo, e faço por ser feliz.
E já agora...pensem nisto se vos aprouver... e
Façam o favor de serem felizes, viu? ... e SORRIAM!!!
Mas isto sou eu, senhores, apenas dou o meu contributo, e faço por ser feliz.
E já agora...pensem nisto se vos aprouver... e
Façam o favor de serem felizes, viu? ... e SORRIAM!!!
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